Rochana Rodrigues Fett

Médica Veterinária e Proprietária

Rochana Rodrigues Fett

Nome: Rochana Rodrigues Fett

Função: Veterinária e Proprietária da Chatterie

Sempre soube que queria ser veterinária de gatos?
Eu queria ser engenheira genética da NASA, mas sempre dizia, quando era pequena, que queria transformar os gatos em meus irmãos, que eu não tinha irmão. Minha mãe fala que eu queria ser médica e, na escola, queria fazer ballet, ser bailarina… No segundo grau, eu tinha um colega de cursinho que ia fazer veterinária. Pensei que era uma boa opção! Eu sou de uma família muito humilde – estudei em escola particular mas porque eles deixaram de fazer as coisas deles pra isso. Se eu não passasse no vestibular da federal, ia acabar perdendo minha chance. Com a minha média, entrei na enfermagem. Mas com o foco de entrar. Mas eu sou muito ansiosa e tenho dificuldade de receber ordem. E, na enfermagem, isso não ia dar certo (risos). Fui fazer teste vocacional, mas limaram a minha escolha por medicina porque disseram que eu não ia sair nunca do hospital (risos). Aí, todo dia que eu ia pra faculdade passava numa clínica veterinária e decidi trocar de curso de vez. Até o quarto semestre, vi uma palestra com a Dra. Heloísa Justen, da clínica Gatos & Gatos, e me decidi a trabalhar só com isso. As outras matérias eu estudava pra passar. Quando me formei, fui trabalhar numa clínica que atendia cachorros e gatos, e o vet de lá me deu um livro sobre cachorros, falando que eu não sabia nada sobre eles. Hoje, ele me liga para pedir ajuda sobre gatos. (risos)

E qual foi o passo seguinte?
Fazer estágio na clínica Gatos & Gatos, que fica no Rio de Janeiro. Foi uma loucura, vendi meu computador pra fazer isso! Fiquei três meses lá, estava no céu. Eu ficava triste na hora de ir embora, não queria ter dia de folga.

E quando surgiu a vontade de ter sua Clínica?
A vontade surgiu de não conseguir me adequar às clínicas dos outros (risos). Eu ficava revoltada com as coisas que as pessoas faziam. Tinha uma menina que era plantonista e perguntava: “quanto tempo eu deixo o gato no oxigênio?”… Tem coisas que é só estudar, só ler guideline, protocolo… Chegou uma hora que eu nem queria mais saber e tive que abrir meu espaço. A Chatterie é a minha filha, é o meu sonho. Eu nunca imaginei que ia ter conseguir tê-la… E amo demais esse lugar.

Qual a melhor coisa de trabalhar com gatos?
Eles são encantadores. Não existe um gato igual ao outro. Nenhuma doença se manifesta da mesma forma. Eu amo bigodinho, cheirinho de pé de gato, eu acho ainda que eles são anjos na terra, não é possível existirem criaturas tão puras assim (emociona-se)… Eu me sinto trabalhando eternamente num parque de diversões. Tem a montanha-russa, que às vezes é bem ruim, com altos e baixos intensos… É assim.

Se você pudesse ter um superpoder como vet, qual seria?
Queria que todos os bichinhos fossem tratados como iguais. E que todas as cidades, por menor que fossem, tivessem um SUS pra eles.

Mãe dos gatos: Primeiro, todos os clientes (risos). Mas vamos lá: Fifis, Bifinho, Pãozinho, Dudu, Bolinha, Sofi, Patrícia Terezinha (que mora com a vó), Juquinha, Fuço… E, na casa da minha mãe, Julianinha, Alfajor, Daniel, Duduzinho, Dymi, Sofia e Marcelinho.

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